Poderia alguém dedicar-se a um estudo abrangente a respeito de algo raras vezes admitido: o preconceito intelectual. Teria José Sarney uma recepção melhor de sua obra literária se não tivesse obtido êxito na política? Ou seria Bruna Lombardi mais amada como escritora e poeta sem o peso da fama no mundo das celebridades? Não apenas as cabeças que levam coroas sentem-se inquietas, poderíamos dizer, parodiando Shakespeare.
Felizmente, a literatura nunca é o mundo paradisíaco dos muitos chamados e poucos escolhidos. Cada autor tem ao menos um leitor. A variedade e a heterogeneidade dos gêneros, escolas, estilos e vozes deveriam garantir ou permitir uma recepção muito mais democrática.
“As águas passam/ É lua e as casas aparecem./ Sou eu. Narciso que se olha/ E fenece.”
“O nome/ como veneno/ e o poema como/ antídoto/ extraído ao/ próprio/ nome.”
“A vida parada na porta/ onde estão todos aqueles/ que ocuparam essas casas/ e agora sobramos nós/ diante da porta fechada.”
Essas três expressões líricas são de poemas publicados no site de Antônio Miranda, um espaço amplo e aberto, a favor da Poesia. Independentemente das gerações, sexos, ideologias ou quaisquer outras formas de indexação. Propositadamente citados assim os versos sem os nomes dos autores, para que o gosto triunfe sobre o condicionamento mental que, em geral, pode influenciar o juízo, se o leitor partir de informações e opiniões carregadas de uma visão apriorística. Nisto, em busca de maior justeza, melhor ainda é recorrer a Kant:
“Para distinguir se algo é belo ou não, referimos a representação, não pelo entendimento ao objeto em vista do conhecimento, mas pela faculdade da imaginação (talvez ligada ao entendimento) ao sujeito e ao seu sentimento de prazer ou desprazer. O juízo de gosto não é, pois, nenhum juízo de conhecimento, por conseguinte não é lógico e sim estético, pelo qual se entende aquilo cujo fundamento de determinação não pode ser senão subjetivo”.
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