Revista Continente 278

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Sinopse

O gosto pelas efemérides é insaciável no Brasil. O que termina por revelar, juntamente com o interesse perene pelas homenagens, o caráter algo medieval de um lugar encontrado pelos europeus justo quando se findava o Medievo. Para efeito esquemático, diga-se. O que hoje chama-se Brasil nasce na transição, de um período arcaico para o longo percurso da Modernidade e suas múltiplas faces e máscaras. Em 2025 será tempo de comemorar os 70 anos do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. O autor com alma de ator nunca desgarrado de medievalidades, renascenças e barrocos. Porém, seu êxito massivo mais sólido é por causa das modernas diversões eletrônicas. Não há nada de paradoxal que o texto de maior sucesso do romancista, poeta e dramaturgo seja “auto”, tão cômico em sua economia de meios, tão moralizante em sua sátira quanto pode ser a mentalidade hispânica.

Nascido na Espanha, no século XII, o auto encontra exemplos excelentes em Calderón de la Barca, Lope de Vega, Gil Vicente, e entre os brasileiros, além de Suassuna, em João Cabral de Melo Neto e Silvio Roberto de Oliveira. Seu auge ocorre justamente quando os portugueses começam a explorar o Brasil. Coincide com o chamado Século de Ouro da cultura espanhola.

O êxito do Auto da Compadecida foi imediato, e crescente. Ele conseguiu tecer mais do que uma colcha de retalhos magnífica com os mitos e o anedotário eruditos e populares. Fabricou um espelho para o povo brasileiro. Sua peça é uma máquina de gerar empatia. O produto da soma da expressão “castigat ridendo mores” (“corrigir os costumes com o riso”) com o slogan “o cinema é a maior diversão” tem como resultado Ariano Suassuna. O seu permanente sucesso deve-se a que conseguiu transmitir com simplicidade de linguagem situações de familiaridade e fácil “projeção” do/no público.

É o cinema o cenário, o lugar, o palco mais forte para uma peça composta com os mais sensíveis elementos do inconsciente brasileiro. Felizmente, as boas adaptações nunca se limitam a uma cópia fiel do texto original. Daí que os louvores devem ir não apenas para Ariano Suassuna, mas quem conseguiu traduzi-lo em linguagem cinematográfica. Como Guel Arraes. Mais de uma vez. Não um mero refazer, e sim uma nova leitura do Auto. Gargalhadas garantidas. Não pela piada em si, mas por saber muito bem (re)contá-la.

 

Características

  • Edição: DEZ/JAN/FEV 2025
  • ISBN: 9771808755003 278

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